O Conexão Sociedade desta quinta-feira(5) com Silvana Oliveira entrevistou a Psicóloga Laís Vilasbôas, especialista em Luto e perdas que esclareceu como lidar com esse momento difícil
O Viva bem desta quinta-feira(5) trouxe um tema delicado que impacta muita gente, porém, é uma frequente do ciclo da vida, as mortes e perdas ocorrem independente da vontade da humanidade e a especialista Laís Vilasbôas esclareceu tudo para quebrar este tabu e lidar com a morte de forma mais simples no cotidiano brasileiro.
Muitas pessoas passam pelo luto sem perceber, e isso pode aumentar a angústia sentida pela perda de um ente querido. “Os lutos não reconhecidos eles podem acontecer quando a própria pessoa ainda não se deu conta ou quando ela não teve essa experiência emocional validada ou quando o entorno, as pessoas em volta dela, não conseguem ajudar, que ela reconheça aquela experiência como significativa, que ela possa chorar, sentir as emoções, ritualizar, fazer o que for necessário.” esclarece a Psicóloga.
A pandemia trouxe muito sofrimento a diversas famílias em todo o mundo, junto a isso, também ocasionou um distanciamento dos rituais comuns e presentes em diversas culturas ao longo dos anos, e Laís Vilasbôas comentou sobre esse momento da história: “As pessoas e famílias que foram completamente vetadas de prestar qualquer tipo de homenagem ou quando aquelas homenagens foram parciais, elas foram distante daquilo que as pessoas consideravam relevante do ponto de vista religioso, espiritual, significativo, e mais ainda, do que elas consideravam digno.” e ainda de acordo com a Psicóloga, “A gente diz que, os rituais de luto eles são universal da cultura, nem todos os povos têm celebrações para o nascimento e eles podem variar, mas todas as culturas têm o ritual para a morte, para o luto e a gente pensa que é pela dor mesmo, pelo sofrimento, pelas transformações que isso causa, a gente sente essa necessidade de simbolizar.” disse Laís.
Comunicar a perda de alguém querido ou próximo para um idoso, é sempre uma tarefa difícil pelo receio da reação e possíveis problemas de saúde que possam ser desencadeados a partir do recebimento da notícia fúnebre.
“Essa consequência do luto e da perda ela é de longo prazo, o que também representa privar o idoso de uma série de coisas, privar o idosos da possibilidade de se despedir desse grande amigo ou desse familiar no hospital, privar o idoso de participar dos rituais coletivos, então, eu acho que a gente precisa acionar os profissionais de saúde, médico de referência, posto, se a gente tem algum tipo de dúvida da saúde física desse idoso.” disse Laís Vilasbôas.