O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 60 dias a apuração preliminar contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), seus filhos e aliados com base nas conclusões da CPI da Covid no Senado.
Com isso, o ministro adiou a análise do pedido de arquivamento do caso sobre incitação ao crime durante a pandemia feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A decisão sobre o encerramento só ocorrerá depois que a Polícia Federal (PF) entregar relatório.
Barroso afirmou que a PF ainda precisa organizar as provas reunidas pela CPI. “Tendo em vista que a sistematização da documentação apresentada pela Comissão Parlamentar de Inquérito ainda não foi concluída, defiro o pedido de prorrogação do prazo para continuidade das investigações por mais 60 dias”, escreveu o ministro.
Das 10 apurações preliminares abertas desde a conclusão dos trabalhos da CPI da Covid, a PGR já se manifestou pedindo o arquivamento em nove casos. Entre as condutas apontadas pela CPI estão estimular a população a se aglomerar, a não usar máscara e a não se vacinar.