O número de municípios com apenas um candidato a prefeito dobrou na eleição deste ano, atingindo 214 cidades, contra 108 em 2020, conforme levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM). Nessas localidades, um único voto é suficiente para eleger o prefeito, o que reflete o maior número de candidaturas únicas desde o ano 2000. Especialistas apontam que desafios financeiros, burocráticos e jurídicos têm desestimulado candidaturas em pequenas cidades.
A média populacional dessas cidades é de 6,7 mil habitantes, com o Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso liderando em número de candidaturas únicas. Além disso, 53% dos municípios brasileiros contam com até dois candidatos a prefeito, impactando 37,3 milhões de eleitores com opções limitadas, de acordo com o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc).
O perfil predominante dos candidatos únicos inclui homens (88%), de cor branca (74%) e filiados a partidos de direita (57%). Além disso, 47% dos candidatos únicos declararam como ocupação “prefeito”, seguido por “empresário” (11%) e “agricultor” (7%). Partidos como MDB, PSD, PP e União Brasil dominam as candidaturas únicas, enquanto o PT e o PL concentram uma parcela menor, com 5% e 7%, respectivamente.