“O estresse é um fator desencadeador, é uma válvula de gatilho, então, a gente sabe que situações de estresse acabam deixando o labirinto super estimulado” afirma o médico
Na manhã desta quarta-feira(4) o Viva Bem do Conexão Sociedade recebeu o otorrinolaringologista André Apenburg que conversou com a apresentadora Silvana Oliveira sobre os efeitos, causas e diagnóstico sobre a labirintite, ou melhor, labirintopatia que pode ser causada por doenças infecciosas, inflamatórias, tumorais, distúrbios circulatórios, traumas na cabeça, alterações genéticas e entre outros fatores.
O médico explica sobre o termo usado popularmente para o problema no aparelho responsável pelo equilíbrio do corpo humano. “Nós médicos preferimos o termo labirintopatia, já que o sufixo ‘ite’ denota um processo infeccioso e nem toda tontura é causada por infecção, então, a gente sempre vai falar labirintite até pelo hábito de usar esse termo, mas as labirintopatias são aquelas doenças que afetam o labirinto, o órgão responsável pelo equilíbrio que está localizado dentro do ouvido na nossa cabeça.” esclarece André Apenburg.
“O labirinto é um dos mecanismos que a gente tem de equilíbrio, então, a gente se baseia no tripé: A visão, os próprios receptores, que são receptores periféricos localizados principalmente no pescoço que dão a sensação e a percepção de onde está cada parte do seu corpo e o labirinto . Então, um desses 3 quando afetados acabam fazendo com que você perca o equilíbrio, assim como um tripé.” disse o otorrinolaringologista.
Os mitos explicam como se o corpo humano tivesse uma espécie de nível manual, com aquela ‘aguinha’ que define o nível de acordo com a superfície a partir de um local específico, mas não é bem assim e o otorrino desvenda: “Anatomicamente, são 3 canais em 3 planos diferentes e essa movimentação de líquidos e cristais que a gente tem dentro do labirinto que permitem que a gente tenha a noção de movimentação nas 3 dimensões, para cima, para os lados e também diagonalmente.” explica o especialista.
As situações mais comuns é o escurecimento momentâneo da visão ou tonturas esporádicas que leva ao indivíduo o auto diagnóstico de uma labirintite, mas a automedicação é um risco que pode desencadear doenças mais graves que afetem o cérebro e o cerebelo. “Sempre que houver uma tontura que dure mais tempo, que você não tenha um fator desencadeador que você perceba exatamente o que é que aconteceu, é indispensável procurar um médico e ampliar esse leque de diagnósticos, ampliar essas opções de doenças que a gente precisa tratar em cada um dos casos.” alerta André Apenburg.