Nos últimos dias, o Rio Grande do Sul tem enfrentado um fenômeno preocupante: a “chuva preta”. Este evento, resultado da mistura de fuligem das queimadas com a água da chuva, tem causado alarme entre os moradores de diversas cidades. A situação deve se intensificar com a chegada de uma frente fria, prevista para esta quarta-feira, 11.
Moradores das cidades de Arroio Grande, Rio Grande e Pelotas compartilharam imagens nas redes sociais mostrando água escura acumulada em baldes, poças e piscinas. O fenômeno também foi registrado em áreas do norte do Uruguai, que faz fronteira com o estado brasileiro.
A previsão do tempo indica que a “chuva preta” deve atingir outras cidades, incluindo a capital Porto Alegre, São Lourenço do Sul e São José do Norte. Além do fenômeno da chuva escura, a presença de fumaça na atmosfera pode resultar em um “sol alaranjado”.
De acordo com a empresa suíça IQ Air, a qualidade do ar em Porto Alegre era classificada como “insalubre” na última terça-feira. As partículas de poluição, com diâmetro de até 2,5 micrômetros (PM2.5), estão quase 12 vezes acima dos níveis recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Essas partículas finas, menores que um fio de cabelo, são facilmente inaladas e podem penetrar nos pulmões, representando riscos à saúde.