Greve dos petroleiros da Bahia é retomada hoje (5)

A greve dos petroleiros da Bahia foi retomada sexta-feira (5). A categoria tinha começado uma paralisação no dia 18 de fevereiro, mas foi temporariamente suspensa no mesmo dia, após a Petrobras abrir negociações.
Segundo informações do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro), após quatro rodadas de negociação, a refinaria teria encerrado os encontros sem avanços nas pautas de reivindicações. Por esta razão, a greve foi retomada.
Ainda de acordo com o sindicato, aproximadamente 2,6 mil trabalhadores da Refinaria Landulpho (RLAM), em Camaçari, na região metropolitana de Salvador, aderem ao movimento. Destes, 900 são concursados e 1.700 terceirizados. Alguns desses se concentraram em frente à sede da RLAM, na manhã de hoje.
O Sindipetro informou que, as reivindicações da categoria são:
- implementação de uma política efetiva de combate ao assédio moral nas unidades da Petrobras;
- incorporação dos trabalhadores concursados da Petrobras Biocombustíveis (PBIO) à Petrobras, caso a Usina de Biocombustíveis de Candeias seja realmente vendida;
- fim das dobras de turno e das prorrogações de jornada;
- revisão da política do efetivo mínimo do O&M (Organização e Método) nos diversos setores da estatal, em especial na RLAM;
- Implantação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico da jornada de 12 horas diárias;
- iniciar discussão e tratamento para a situação das empresas contratadas, em especial dos contratos de trabalhos e direitos dos empregados terceirizados;
- apresentação, pela Petrobras, do passivo ambiental, dos acidentes de trabalho (tudo que envolva agentes de riscos aos trabalhadores, seus compromissos de pagamentos e de seus sucessores);
- que a Petrobras envie ao Sindipetro Bahia a cópia do contrato de venda da Refinaria Landulpho Alves para o fundo Árabe Mubadala ou apresente e coloque em discussão o cronograma de transição da operação da unidade, os prazos de transferências de trabalhadores, seus critérios e prioridades, além das regras que utilizará para indenizar as transferências desses trabalhadores;
- garantia da permanência dos postos de trabalho dos trabalhadores próprios e terceirizados e também de que não haverá redução salarial, retirada de direitos, de benefícios e vantagens.
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