Além dos dias mais longos e as diversas opções de lazer nas praias, o sol forte característico do verão também trás a forte incidência de radiação UV, e a maior exposição dos brasileiros ao sol acende o alerta para que a população adote os cuidados de fotoproteção. De acordo com a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a Bahia pode registrar 10.780 novos casos de câncer de pele em 2023.
Segundo o INCA, o tumor maligno mais incidente no Brasil é o câncer de pele não-melanoma, que corresponde a 31,3% do total de casos – o equivalente a mais de 220 mil novos casos da doença a cada ano. Já o melanoma, tipo de câncer de pele mais raro e mais agressivo, representa 3% do total de neoplasias no país.
O câncer de pele é uma doença causada pelo crescimento descontrolado das células da pele. Elas se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, é definido o tipo de câncer, que pode ser melanoma ou não melanoma. Apesar de ser a forma mais comum no Brasil e no mundo, o câncer de pele pode ser considerado um tumor evitável.
Mais comum em pessoas com mais de 40 anos e raro em crianças e pessoas negras, o câncer de pele acomete, principalmente, adultos com pele muito clara, olhos claros e com doenças cutâneas prévias. No entanto, qualquer pessoa pode desenvolver a doença.
Sintomas e Tratamento
Para a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é importante estar atento a alguns sinais que podem indicar o desenvolvimento de um câncer de pele: Um crescimento na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida. Sinais ou pintas que mudam de tamanho, cor, textura, forma ou tornam-se irregulares nas bordas. Mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.
Na maioria dos casos, o tratamento cirúrgico para a remoção da lesão cancerígena é o mais indicado. Em alguns casos, a depender do subtipo do câncer, do grau de disseminação e do tamanho do tumor, pode ser necessário outro tipo de tratamento complementar, como quimioterapia, radioterapia, imunoterapia ou medicamentos orais.
No caso do melanoma, tipo de câncer de pele mais agressivo e letal por causa da sua alta capacidade de se disseminar para tecidos e órgãos vizinhos, o desenvolvimento de novos medicamentos que estimulam o sistema imunológico a lutar contra o tumor tem garantido melhora na sobrevida de pacientes.