“Não existe escola melhor ou pior”, afirma psicopedagogo.

Está aberto o período de matrículas para 2022 nas redes de ensino pública e privada. A crise econômica desencadeada pela pandemia da covid-19 impõe aos pais uma escolha difícil: apertar o orçamento para manter a educação dos filhos em uma escola particular ou optar por uma escola pública e ganhar um fôlego nas contas ao longo do ano?
Nesta quarta-feira, a Rádio Sociedade recebeu o psicopedagogo Uérico Matos, para falar a respeito. Segundo o educador, apesar do estigma de ter um ensino ruim, a escola pública também pode oferecer qualidade.
“A gente não pode negar que existem algumas instituições públicas que não oferecem uma estrutura e que isso dificulta o aprendizado, mas a gente vai encontrar também instituições públicas de qualidade, que vai ofertar ensino de qualidade aos nossos alunos.”
A respeito da comparação entre escola pública e escola particular, o psicopedagogo afirma que não há como qualifica-las.
“A gente precisa entender que não existe escola melhor ou pior, existem ritmos e estilos de aprendizagem diferentes.”
Uma das principais diferenças entre as instituições de ensino, que pode influenciar na escolha, é o método adotado por cada uma delas.
“Quando um pai procura a instituição para matricular o seu filho, o primeiro ponto que ele deve observar é qual a filosofia dessa escola. Se é uma filosofia construtivista ou não […] enquanto nas escolas tradicionais o foco é o conteúdo sempre passado por um mestre, que vai estar a frente a da sala, o método construtivista trata-se do desenvolvimento do conhecimento através da interação com o meio em que o aluno vive. O aluno ele é o protagonista do seu próprio aprendizado”, disse Uérico.
O educador também pontuou a falta de investimentos e de qualificação dos profissionais de ensino da rede pública, mas defendeu a existência de boas escolas públicas em Salvador.
Foto: Valter Pontes / Secom PMS