Profissionais da enfermagem farão uma paralisação nacional das atividades na próxima terça-feira (14). O movimento requer o pagamento do piso salarial de enfermagem, já aprovado pelo Congresso Nacional em 2022, porém barrado pelo Supremo Tribunal Federal em seguida.
Em Salvador, manifestações já foram realizadas para reivindicar o impasse, como o último encontro no dia 27 de janeiro na Avenida ACM, no qual a resolução ainda não foi efetivada. A categoria promete suspender as atividades por 24h e todos os profissionais do país têm o direito de aderir a interrupção, afirma Lília Cordeiro, coordenadora de Políticas Públicas do Sindseps.
“São mais de trinta anos de luta exigindo um piso salarial, um piso que dê dignidade aos profissionais de enfermagem. Nós temos um quantitativo no Brasil de quase 3 milhões de profissionais, na Bahia são mais de 150 mil profissionais profissionais de enfermagem, no qual muitos recebem um salário defasado, que passam necessidade, e isso exige da categoria buscar dois ou três empregos para conseguir se manter. Então, no próximo dia 14, está deliberado pelo Fórum Nacional de Enfermagem uma paralisação de 24 h que será seguida por todo o Brasil“, afirma Lília.
A coordenadora e enfermeira ainda afirma que, caso não ocorra a liberação do valor exigido até março deste ano, uma greve geral dos profissionais de enfermagem deve acontecer por tempo indeterminado.
Sobre as dificuldades no contexto trabalhista, a profissional ainda ressalta que a insegurança nos postos de saúde têm gerado alguns desgastes pela ausência de amparo e respeito à categoria, que também precisa ser garantida em assistência.
“Nossa população da enfermagem é, em sua maioria, feminina. Nós temos tido em Salvador muitas invasões à Unidades de Saúde, tanto durante o dia, quanto invasões à noite, depredando toda a estrutura de atendimento, além de colocar armas na cabeça dos nossos profissionais e roubando os pertences, como celular e carros. A gente precisa se atentar que não tem como fazer saúde em ambiente de insegurança, e a Prefeitura de Salvador precisa garantir para o seu servidor uma sensação segura em seu contexto de trabalho.”
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