Silvana Oliveira recebeu no Viva Bem desta segunda-feira (18), o Dr. Wendel Kruschewsky, que é urologista no Hospital Materdei, Grupo Uroclínica e Instituto Brasileiro de Cirurgia Robótica e alertou para o combate ao câncer de próstata neste Novembro Azul
O câncer de próstata é o segundo que mais mata a população masculina, atrás do câncer de pulmão. No estado da Bahia, os principais dados do painel indicam que há um incremento tanto da incidência quanto na mortalidade por câncer de próstata na população masculina no estado.
Em 2023, foram 1,6 mil óbitos por câncer de próstata na Bahia, o que representava 19,1% da mortalidade por todos os tipos de neoplasias na população masculina.
“É um mito que só o exame do PSA é suficiente, a Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que todos os homens a partir de 50 anos, sem fator de risco, ou 45 anos se ele tiver fator de risco, ele deve fazer o rastreio do câncer de próstata com PSA e toque retal.” esclarece Kruschewsky.
“É muito comum a gente receber no consultório, o paciente que chega com o exame PSA e está normal, mas o exame de toque ainda é recomendado, ainda é necessário, não existe ainda nenhuma evidência atual que comprove que a gente deva abrir mão do exame de toque retal.” completa.
O câncer de próstata é uma patologia silenciosa no início e só traz sintomas ameaçadores no estágio final, quando as chances de cura são zero.
O Novembro Azul destaca a importância do diagnóstico precoce de tumores urológicos, como os de próstata, testículo e pênis, o movimento incentiva homens a partir dos 50 anos – ou 45 para quem possui histórico familiar de câncer de próstata – a agendar consultas com um urologista e a realizar exames de rastreamento que facilitem a detecção precoce da doença.
“Homens negros tem uma doença mais agressiva e mais precoce, então, começa com 45 anos para essa população, quem tem histórico familiar que teve o câncer de prostata, um pai, um irmão, deve também começar com 45 e a partir daí, anualmente. Quem não tem esses fatores de risco, deve começar seus exames a partir dos 50 anos, e é importante que isso seja feito de forma anual, porque pode ser que eu posso examinar o paciente com PSA e toque retal e está tudo normal, mas ano que vem ele pode desenvolver uma doença agressiva, que se não tratado, ele pode morrer.” alerta o Dr. Wendel Kruschewsky.
Assista na íntegra no canal da Rádio Sociedade da Bahia: