Os servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) decidiram iniciar uma greve em todo o país a partir desta quarta-feira (10), após a falta de acordo com o governo federal sobre reajuste salarial e valorização profissional. A paralisação inclui trabalhadores presenciais nas APSs (Agências da Previdência Social) e aqueles em home office.
Embora ainda não haja um balanço de adesão, representantes dos servidores esperam que a greve afete significativamente a análise e concessão de benefícios como aposentadorias, pensões, e o BPC (Benefício de Prestação Continuada), além de recursos, revisões, atendimentos presenciais (exceto perícia médica) e o pente-fino em auxílios, que visa garantir uma economia de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias.
Antes da greve, os funcionários já estavam em “operação apagão”, reduzindo em 20% sua produção e seguindo a orientação de não fazer horas extras, nem exceder as metas de produtividade no home office. Os servidores reivindicam um reajuste salarial de 33% até 2026 e a valorização da carreira de técnico do seguro social.
Adicionalmente, os servidores pedem que a carreira de técnico do seguro social seja considerada essencial para o funcionamento da máquina pública. No entanto, o MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos) parece inclinado a classificar esses servidores como de apoio. A categoria também busca a elevação do nível de ingresso para técnico do seguro social para nível superior, devido à complexidade das atividades desempenhadas e ao avanço do uso de IA (Inteligência Artificial) nas análises do INSS.