Um grupo de defensores da garimpagem no Brasil pediram, nesta segunda-feira (6), ajuda ao Governo Federal no processo de saída de dezenas de milhares de garimpeiros da Terra Indígena Yanomami, localizada entre os estados de Roraima e Amazonas.
O processo de abandono do local foi iniciado após o governo anunciar que, se necessário, utilizaria forças de segurança do estado para cumprir o processo denominado de desintrusão.
Nesta segunda, o ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou que o governo federal iniciará, ainda nesta semana, a segunda fase do plano de ação na terra indígena, passando da fase de assistência humanitária para a fase policial.
Representantes dos garimpeiros alegam, no entanto, que algumas das medidas que o governo colocou em prática para forçar a saída deles da área, dificultaram a movimentação no interior da maior terra indígena do país, com cerca de 9,6 milhões de hectares.
Embora não tenham se reunido com nenhum representante do Poder Executivo, os representantes dos garimpeiros entregaram a parlamentares de Roraima e ao governo estadual uma lista de ações que esperam que o Poder Público execute para facilitar a saída dos da área.
Os garimpeiros pedem que o governo federal autorize o acesso de aviões e de lanchas particulares ao interior da Terra Indígena ou que, alternativamente, ofereça transporte aéreo ou fluvial para quem quiser deixar a área imediatamente.
Caso o governo opte por transportar os garimpeiros em aeronaves já mobilizadas para a missão humanitária e assistencial aos yanomami, os garimpeiros pedem que sejam definidos e anunciados previamente os locais para onde os garimpeiros devem se dirigir, com a indicação das pistas de pouso e decolagem que serão usadas.