Um cabo da Polícia Militar (PM) foi identificado como o homem flagrado em vídeo desferindo socos e chutes em outro homem em um bar no Parque Júlio César, localizado no bairro da Pituba, em Salvador. O PM Danilo Oliveira Machado chegou a apontar uma arma para a cabeça da vítima. A identidade do PM foi revelada pela delegada Marita Souza, responsável pela investigação, nesta quinta-feira (13).
“Já ouvimos a vítima e algumas testemunhas. O autor será ouvido hoje; trata-se de um policial militar que será apresentado na delegacia,” disse a delegada Marita Souza.
Danilo Oliveira Machado é lotado na 33ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Valéria). O incidente ocorreu no dia 6 de junho, aniversário da vítima. Segundo a delegada, a vítima não se lembra do motivo da discussão e desconhece a razão da agressão. “Lembra apenas que chegou no bar, conversou com as pessoas presentes, incluindo o agressor. A partir daí, só sabe o que viu no vídeo.”
A vítima, envergonhada pela situação, não registrou boletim de ocorrência inicialmente. “Ele sabia que se envolveu em uma briga por conta das marcas no corpo, mas tinha vergonha porque não se lembrava do que aconteceu. Não registrou ocorrência, nem procurou atendimento médico na época,” explicou a delegada.
Testemunhas relataram à polícia que a confusão começou quando o PM queria mostrar imagens de pessoas mortas para quem estava na mesa. O conteúdo dessas imagens não foi detalhado. “Houve provocações de ambos os lados, resultando na agressão que podemos ver no vídeo,” afirmou Marita Souza.
Uma das testemunhas acionou a polícia durante a briga. Quando os policiais chegaram, o agressor negou a confusão para os colegas, que então deixaram o local.
A situação foi capturada por uma câmera de segurança e viralizou nas redes sociais. As imagens mostram o homem sendo agredido por quatro minutos, chegando a cair no chão enquanto recebia chutes na cabeça. Outros três homens presenciaram a agressão e tentaram afastar o agressor, sem sucesso. O dono do bar informou que a vítima e o suspeito eram clientes do estabelecimento e não soube explicar o motivo das agressões. Um funcionário presenciou o crime, se assustou e fechou o local.