No Brasil, quase dois celulares são roubados ou furtados por minuto. Em 2023, foram registradas quase um milhão de ocorrências em delegacias de todo o país. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (18) pelo 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, mostram que foram 937.294 casos ao longo do ano.
Pela primeira vez, o número de furtos superou o de roubos, com 494.295 casos de furtos contra 442.999 roubos. Embora altos, esses números representam uma redução de 4,7% em relação a 2022. Essa mudança reflete a centralidade dos celulares na dinâmica dos crimes patrimoniais, sendo frequentemente utilizados para outros delitos, como estelionatos e golpes virtuais.
Segundo a publicação, 78% dos crimes ocorreram em vias públicas, sendo mais frequentes em dias úteis, especialmente entre 5h e 7h da manhã e entre 18h e 22h. Esses horários coincidem com os períodos em que a população está em deslocamento nas grandes cidades, indo ao trabalho ou retornando para casa.
No caso dos furtos, as vias públicas representaram 44% dos registros, seguidas por estabelecimentos comerciais/financeiros (14%) e residências (13%). Diferentemente dos roubos, os furtos de celulares são mais comuns nos finais de semana, concentrando 35% dos casos. Os criminosos preferem horários de menor movimento, principalmente entre 10h e 11h e a partir das 15h até 20h.
Essa análise revela a importância dos celulares como alvos em crimes patrimoniais e destaca a necessidade de medidas eficazes para a proteção dos cidadãos e a redução desses números alarmantes.