“O Brasil responde hoje só no mercado de soja por 39% do mercado mundial, quer dizer, é o celeiro do mundo, a paz do mundo depende do Brasil. “ comentou Marcos Eusébio no Sociedade Urgente
O apresentador Adelson Carvalho entrevistou no Programa Sociedade Urgente desta quinta(15), o pecuarista e administrador Marcos Eusébio Menezes para falar sobre os desafios da criação bovina no mercado atual. Formado em administração de empresas com habilitação em agronegócio, foi presidente da Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos da Bahia(ACCOBA).
O mercado brasileiro de carne bovina é um dos mais expressivos globalmente, com destaque na produção e competitividade tanto no consumo interno quanto na exportação. A cadeia de valor da carne bovina no Brasil é altamente organizada com parcerias entre pecuaristas, frigoríficos e o mercado consumidor.
O início da exploração da pecuária brasileira se confunde com o período de colonização, os primeiros bovinos chegaram ao Brasil já nas primeiras navegações pós Cabral. Por isso, foi fundamental para o processo de interiorização sendo a principal fonte de proteína para os exploradores e servindo também como meio de transporte em épocas de difícil deslocamento.
De acordo com o Marcos Eusébio, “O Brasil responde hoje só no mercado de soja por 39% do mercado mundial, quer dizer, é o celeiro do mundo, a paz do mundo depende do Brasil. A segurança alimentar é o fundamento para a paz do mundo, então, a gente tem que tocar nessa ótica, que o Brasil é o diferencial na produção agrícola e realmente para a população mundial, que vai aumentar, não existe outro lugar, a não ser os trópicos.”
Os ajustes nos preços é um tema que afeta diretamente a população consumidora, o que explica Marcos, “Então, a valorização da commodity do mundo todo foi muito grande, a pressão dos preços subindo, levou muitas pessoas que não era do setor a investir no setor agropecuário e se aumentou estupidamente a quantidade dos criadores de vacas também, a retenção de fêmeas, obviamente esses bezerros chegaram, a China diminuiu um pouco a compra, eles fazem muita negociata com o comércio e isso cortou justamente o ciclo de alta que vinha da pecuária bovina.”
Ainda de acordo com o pecuarista “O boi hoje tá baixo, mas no açougue não baixou o preço de quando o arroba era R$300,00, então, você tem o consumidor penalizado porque o mercado continua cobrando o preço de quando comprava o arroba caro.”
Assista a entrevista na íntegra no canal Rádio Sociedade da Bahia: