Na manhã desta segunda-feira(16), o Conexão Sociedade recebeu a psicóloga Naiara Souza que abordou a prevenção de suícidio em crianças e adolescentes
Apresentado por Silvana Oliveira, o Conexão Sociedade desta segunda-feira(16) recebeu Naiara Souza, com vasta experiência no acompanhamento de crianças e adolescentes, é uma especialista renomada em saúde mental infantojuvenil e traz uma perspectiva valiosa sobre como identificar sinais de alerta e promover intervenções adequadas.
Lidar com a morte sempre foi um tabu para a sociedade, um tema delicado que sempre é evitado a ser conversado com crianças. “Nesse sentido, como os próprios adultos evitam trazer a temática, acaba ficando difícil que as crianças acessem isso de alguma forma. Claro que essa é uma temática bem difícil realmente de se dar conta, mas é importante falar, porque falar sobre isso é falar também sobre prevenção, e claro existe manejo diferente para trazer isso para crianças e para adolescentes.” disse Naiara.
A psicóloga traz dados de pesquisas sobre suicídio: “As crianças na faixa de 10 anos até os adolescentes de 15 mais ou menos, tinham propensão maior ao suicídio. Isso se dá pela própria inabilidade da criança de entender o que é a morte, então, já que ela não compreende a morte, ela não entende que a morte é um viés de solução, que é o que normalmente a pessoa dentro do suicídio pensa.” traz Naiara Souza.
A família é um alicerce importante para ajuda em momentos de dificuldades passadas durante a infância e adolescência e a proximidade é uma ferramenta imprescindível para evitar piores situações. “Quanto mais próxima é a relação da família com os adolescentes, com as crianças, dando essa liberdade de expressão mais fácil fica que o adolescente traga essas temáticas. A gente costuma dizer que crianças e adolescentes não têm problemas, né?! Então, a gente invalida o tempo inteiro essas dores, invalida o tempo inteiro esse sentir mesmo, esse sofrer.” comenta a psicóloga.
E continua, “então isso acaba afastando os que tragam isso. Uma vez que essa relação é trabalhada, uma vez que existe essa proximidade entre pais e adolescentes, essa abertura de trazer dificuldades facilita que ele venha até os pais e isso fica inclusive mais fácil de mediar com terceiros, como um colega, algum amigo que está passando dificuldade.” orienta Naiara Souza.