A Cesta Básica de Salvador, calculada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), com base em 3.495 cotações de preços realizadas em 95 estabelecimentos comerciais (supermercados, açougues, padarias e feiras livres) de Salvador, passou a custar R$ 590,37 no mês de janeiro de 2025.
O valor é 2,68% maior que o preço registrado em dezembro de 2024. Em termos nominais, isso representa um aumento de R$ 15,39.
Dos 25 produtos da Cesta Básica de Salvador, 13 registraram alta nos preços: cenoura (77,08%), cebola (39,38%), tomate (36,60%), café moído (11,75%), carne de sertão (8,88%), frango (7,04%), queijo prato (4,62%), carne de primeira (3,77%), linguiça calabresa (2,54%), maçã (1,84%), ovos de galinha (0,66%), banana-prata (0,60%) e o feijão (0,32%). Enquanto 12 produtos apresentaram redução: batata inglesa (-27,94%), flocão de milho (-8,61%), óleo de soja (-5,35%), queijo muçarela (-5,09%), manteiga (-4,09%), macarrão (-3,89%), pão francês (-2,64%), leite (-2,35%), arroz (-2,15%), farinha de mandioca (-1,57%), açúcar cristal (-0,91%) e a carne de segunda (-0,20%).
Segundo o analista da SEI Denilson Lima, “os fatores climáticos, a elevação de custos e a valorização do dólar tiveram impacto nas lavouras de diferentes culturas, dificultando a oferta de alguns produtos e forçando o aumento do preço da Cesta Básica em janeiro de 2025″. O economista deu especial destaque para os aumentos de preço da cenoura, por causa da sua magnitude (77,08%), e do café, pelo fato do Brasil ser o maior produtor e exportador mundial deste grão, tendo produzido 54,8 milhões de sacas em 2024.
Entre os 25 produtos que compõem a Cesta Básica de Salvador, o subconjunto dos ingredientes relativos ao almoço soteropolitano – composto por feijão, arroz, carnes, farinha de mandioca, tomate e cebola – apresentou alta de 7,54% e foi responsável por 34,73% do valor da referida cesta. Por sua vez, dentro desta cesta, o subgrupo de gêneros alimentícios próprios da refeição matinal soteropolitana – formado por café, leite, açúcar, pão, manteiga, queijos e flocão de milho – diminuiu 1,17% e foi responsável por 34,71% do valor da cesta no mês de janeiro.