A secretária estadual de Saúde, Roberta Santana, durante entrevista no estúdio móvel ao Balanço Geral da Rádio Sociedade, diretamente da sede da UPB, no CAB. manifestou preocupação com a politização do tema da regulação e destacou os esforços do governo para fortalecer a rede hospitalar na Bahia. “Me entristece muito o que fazem com o tema da regulação. Politizou tema da regulação”, afirmou.
Roberta ressaltou que o Estado tem presença significativa na saúde pública, citando a estrutura disponível na capital baiana. “Temos 22 hospitais em Salvador, o município possui apenas um. Então, a gente não pode falar que não há presença do estado”, pontuou. Além disso, mencionou os investimentos estaduais na área, reforçando o compromisso com a assistência à população.
“Se você for falar em recurso, do que a gente recebe de alta e média complexidade e o que vai para os municípios, se eu comparar aqui, de R$ 1,7 bilhão que Salvador recebe, por exemplo, para cuidar de média e alta complexidade – e engana-se quem diz que é só responsabilidade do Estado, porque ela é compartilhada quando o município decide ser comando único –, de R$ 1,7 bilhão, o Estado recebe R$ 1 bilhão e tem 22 hospitais. O município de Salvador recebe R$ 700 milhões e tem um. Então, dentro dessa proporção, quem investe mais na saúde do município?” questionou.
Segundo ela duas estratégias são importantes para enfrentar a regulação. A primeira é abertura de leitos e novos hospitais e o governo Jerônimo tem feito isso, e a segunda é o fortalecimento da prevenção e promoção da saúde.
A secretária também enfatizou a necessidade de cooperação entre os entes federativos. “e é isso que a gente tem construindo junto com os nossos municípios, em um exercício de sentar, de fortalecer os hospitais de pequeno porte (HPPs). É um grande movimento, um pacto que o governador tem chamado, uma política de quase R$ 2 bilhões colocados para fortalecer os municípios “, destacou.
Roberta Santana defendeu ainda a necessidade de união entre Estado, municípios e governo federal para aprimorar o sistema de saúde. ” A gente não consegue fazer sozinhos a saúde. Nem estado, nem União, nem o município. e o que a gente propõe aqui é um grande pacto”, concluiu.