A recepcionista que entrou na justiça alegando ter sofrido constrangimentos e discriminação no ambiente de trabalho, após solicitar licença-maternidade e salário-família para cuidar de sua bebê reborn, desistiu da ação. De acordo com documentos divulgados nesta quinta-feira (29), a reclamante e advogada de defesa dizem que sofreram com discurso de ódio divulgado nas redes sociais.
“As vidas dos patronos envolvidos e, principalmente, da reclamante tornaram-se um verdadeiro inferno, foram 250 solicitações no Instagram em 45 minutos, acarretando em consequências que poderão jamais ser revertidas”, diz trecho do texto.
O pedido, feito à Justiça do Trabalho da Bahia, na última terça-feira (29), solicitava indenização por danos morais por ter sofrido humilhações em seu ambiente de trabalho. Ela teve o pedido de licença-maternidade e recebimento do salário-família para a sua boneca de silicone negado pela empresa em que trabalha. O valor total da ação era de R$ 40 mil, incluindo o pedido de demissão indireta.
Com exclusividade à Rádio Sociedade da Bahia, a advogada do caso, doutora Vanessa Homem, disse que a desistência do processo se deu por motivos de ameaças e perseguições, inclusive por parte de outros colegas.
Sobre o pedido de licença-maternidade, ela disse: “por obvio que nós levamos ao judiciário as questões atinentes a maternidade como se bebê biológico fosse, apenas para ver qual seria o posicionamento do tribunal com relação a isso, já que vem sendo um tema recorrente e amplamente divulgado.”
A advogada comentou ainda o uso da assinatura de outro advogado, Dr. José Sinelmo Lima Menezes, que diz ser vítima de fraude e não ter vínculo com a doutora Vanessa.
“O Doutor Sinelmo ele foi quem teve o primeiro contato com a reclamante, só que ele desistiu da ação e acabou passando o processo pra mim. e houve um equivoco na juntada das procurações, ao invés de juntar a minha, juntei a de Dr. Sinelmo, foi apenas isso.”