Um grupo criminoso ligado a uma facção paulista, acusado de atacar agências da Caixa Econômica Federal em Salvador, mantendo funcionários em cárcere e arrombando caixas eletrônicos, é alvo da Operação Krampus, deflagrada pela Polícia Federal.
Ao todo, foram expedidos 10 mandados de prisão preventiva, 15 mandados de busca e apreensão pessoal e domiciliar, além do bloqueio de bens, valores que somam cerca de R$ 13 milhões. Também foi determinada a suspensão das atividades econômicas de uma empresa envolvida. As ações acontecem em Salvador, Lauro de Freitas, Santo André, São Paulo, Barueri e Cotia.
A investigação está ligada a três ataques ocorridos em Salvador, nos meses de maio de 2023, outubro e dezembro de 2024. Segundo a PF, o grupo atuava sempre da mesma forma: em horários de pouco movimento, com as agências fechadas e as ruas desertas, o que facilitava a ação devido ao efetivo policial reduzido. Um ex-vigilante da empresa terceirizada que presta serviços de segurança à Caixa teria ajudado os criminosos.
Ainda de acordo com a investigação, o grupo usava pessoas físicas e empresas de fachada como “laranjas” para aumentar artificialmente o capital social e esconder a origem ilícita dos valores obtidos com os crimes, dificultando o rastreamento do dinheiro.
As investigações seguem em andamento para identificar outros possíveis envolvidos e apurar fatos relacionados. A Operação Krampus é uma ação conjunta da Polícia Federal com o Ministério Público Federal, a área de Segurança Empresarial da Caixa, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, a Força Correcional Especial Integrada (FORCE/SSP-BA) e a Polícia Militar da Bahia.