Depois de quase três meses afastado por uma lesão sofrida ainda no primeiro tempo da semifinal da Copa do Nordeste contra o Ceará, Caio Alexandre enfim enxerga o fim do túnel. Relacionado no duelo contra o Inter, mas ainda sem atuar, o volante vive a expectativa de voltar a vestir a camisa do Bahia diante do Fortaleza. O retorno, segundo ele, carrega um peso especial após um período de silêncio, fisioterapia e reflexão.
“Cara, foi um período muito difícil ficar de fora dos jogos, inativo. Foi muito ruim para mim. Eu sou um cara que desde que cheguei aqui, joguei uma temporada inteira sem lesão. Até o meio dessa temporada também sem nenhum tipo de lesão. Passei a marca de 100 jogos e logo depois disso tive uma lesão um pouco séria na minha perna. Mas foi um período muito de aprendizado também, um período que renovei minha mente, me apeguei mais com meus familiares, me apeguei mais a Deus e eu acho que foi importante esse processo para que eu pudesse voltar hoje e estar 100% para ajudar o Bahia”, disse.
Em coletiva no CT Evaristo de Macedo, o camisa 19 abriu o coração ao relembrar a fase mais difícil desde que chegou ao clube. Falou do baque de sofrer a primeira lesão após ultrapassar a marca de 100 jogos, do choque de ficar inativo e, ao mesmo tempo, da transformação interna que o período proporcionou. Entre aprendizados, apoio familiar e fé reforçada, Caio garante estar “100%” para novamente servir ao Bahia.
A possibilidade de reencontrar a torcida na Fonte Nova também mexe com o volante. Ele descreveu o estádio como casa, abrigo, palco onde seus olhos voltam a brilhar. Para quinta-feira, promete entrega total, não apenas para ajudar o time a triunfar, mas para manter vivo o sonho tricolor de conquistar uma vaga na Libertadores.
Taticamente, Caio reforçou seu papel de “potencializador” dentro de campo. Sem se considerar o mais rápido ou o mais forte, aposta na leitura de jogo para colocar companheiros como Everton, Jean, Cauly e Willian em condições de decidir. Orgulhoso do aproveitamento que tem no clube, com apenas duas derrotas quando está em campo, o volante destaca que sua conexão com o elenco é a chave para seguir contribuindo e transformando o Bahia em um time cada vez mais competitivo.
“Eu acho que eu sou um jogador que joga muito mais para a equipe. Eu acho que a minha função dentro do campo é potencializar os meus companheiros, eu sempre deixei bem claro aqui nas entrevistas que eu não sou o mais rápido, não sou o mais forte, mas eu tento pensar o jogo além para que os meus companheiros estejam em uma condição boa, como é o caso do Everton, como é o caso do Jean, o Cauly, o Willian, que eu tento preparar a jogada para que eles possam ter sucesso lá na frente”, comentou.
“Então a gente que joga um pouco mais central, na parte central do campo, tem que pensar o jogo dessa forma, às vezes não pensar em si, pensar na equipe. Então eu fico feliz por ter esse aproveitamento, um aproveitamento bom aqui no clube desde que eu cheguei. Sou muito feliz aqui e eu acho que isso também ajuda a me conectar com meus companheiros para que a gente possa ter sucesso”, completou.