O júri popular dos três acusados de matar a cantora gospel Sara Freitas foi interrompido nesta terça-feira (25) e acabou não acontecendo. A sessão, marcada mais de dois anos após o crime, foi suspensa e ainda não há nova data definida para a retomada do julgamento.
A suspensão ocorreu depois que os advogados dos réus decidiram deixar o plenário. A defesa argumentou que o Fórum Desembargador Gerson Pereira dos Santos, em Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador, não teria estrutura adequada para sediar o júri. Do lado de fora, dezenas de pessoas acompanharam a movimentação e aguardavam o andamento do caso, que ganhou grande repercussão nacional. Após abandonar o local, a defesa solicitou que o processo seja transferido para o Fórum Ruy Barbosa, em Salvador. O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) ainda não se manifestou sobre o pedido.
Em coletiva concedida após a suspensão, o advogado Otto Lopes afirmou que a estratégia de defesa permanece inalterada. No banco dos réus estariam o ex-marido da cantora, Ederlan Santos Mariano, apontado como mandante, além de Weslen Pablo Correia de Jesus, conhecido como bispo Zadoque, e Victor Gabriel Oliveira Neves. Eles respondem por feminicídio qualificado, além de ocultação de cadáver e associação criminosa.