As articulações para 2026 ganharam novos contornos após Jair Bolsonaro, preso desde 22 de novembro, indicar ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que deseja ver o filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro, disputar o Palácio do Planalto. A sinalização, feita durante uma de suas visitas na sede da Polícia Federal em Brasília, reacendeu tensões tanto dentro da direita quanto no próprio núcleo familiar, onde aliados de Michelle Bolsonaro rejeitam a ideia.
A movimentação expôs fissuras internas no “clã” Bolsonaro, que já enfrentava turbulências após o diretório do PL no Ceará declarar apoio a uma eventual candidatura de Ciro Gomes. A decisão provocou reação imediata de Michelle, que se manifestou publicamente contra o gesto, gerando desconforto entre os filhos do ex-presidente, que por sua vez rebateram a postura da madrasta e elevaram o clima de disputa doméstica.
Com o desgaste à vista e a repercussão negativa crescendo, o PL recuou e decidiu suspender o apoio a Ciro Gomes após reunião nesta terça-feira (2). Ainda assim, a indicação de Flávio como possível sucessor político do pai mantém abertas as feridas internas e revela um campo conservador fragmentado às vésperas de um ano decisivo.