Em entrevistas na manhã desta quarta-feira (26) ao programa Balanço Geral, da Rádio Sociedade da Bahia, o procurador-geral do Ministério Público do Trabalho (MPT), Dr. Maurício Brito, afirmou que temos uma epidemia de acidentes fatais e que, comparados ao trabalho escravo, são igualmente chocantes.
As declarações foram dadas em resposta a questionamentos sobre o acompanhamento do órgão no caso de Joel de Freitas Coutinho, de 58 anos, que morreu vítima de um acidente de trabalho.
A atuação do MPT busca identificar a responsabilidade do empregador sobre o acidente e possíveis descumprimentos de normas de saúde e segurança. “Sempre que ocorre um acidente fatal, abrimos um procedimento dentro do Ministério Público do Trabalho para apurar as causas e buscar a responsabilização”, explicou o procurador-geral.
Joel caiu de uma altura de dez metros enquanto realizava reparos no teto de um supermercado na Avenida Porto dos Mastros, no bairro da Ribeira, em Salvador, no dia 23 de março. Ele chegou a ser atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), mas não resistiu aos ferimentos.
Dr. Maurício enfatizou a importância da prevenção para evitar tragédias como essa. “Para que não ocorra uma acidente fatal, semanalmente, mensalmente, a gente tem que faz um trabalho contínuo de prevenção com vários setores, como construção civil, saúde, para que esses acidentes simplesmente não ocorram. Para que a gente tenha um ambiente de trabalho saudável”, ressaltou.