O advogado criminalista Vivaldo Amaral comentou nesta quarta-feira (20), em entrevista a Adelson Carvalho, o caso do motorista que atropelou um maratonista em Salvador. O condutor, identificado como Cleydson Cardoso, filho de uma vereadora, estava supostamente embriagado no momento do acidente. A vítima, Emerson Pinheiro, teve uma perna amputada, e o suspeito segue preso.
Segundo Amaral, a legislação prevê que, se ficar comprovado o uso de álcool e dolo eventual, quando o motorista assume o risco ao dirigir sob efeito de substância, o caso pode ser levado ao tribunal do júri, mesmo sem morte. Ele destacou que o júri é responsável por julgar crimes dolosos contra a vida, tanto tentados quanto consumados.
A definição da gravidade da lesão e o tipo penal aplicável ainda depende de exames e da denúncia a ser apresentada pelo Ministério Público. O caso pode ser tratado como lesão corporal grave de trânsito, com possível agravamento pela embriaguez.
O advogado também comentou o sofrimento das famílias envolvidas, ressaltando que, em situações como essa, há dor dos dois lados: a da vítima, que sofreu a amputação, e a da família do suspeito, que enfrenta a prisão.