A cantora Ana Castela, um dos maiores fenômenos do sertanejo atual, tem conquistado uma legião de fãs mirins por todo o Brasil. Mas essa relação com o público infantil também tem sido marcada por algumas polêmicas, como a mais recente envolvendo o prefeito de Jequié, na Bahia.
Durante uma coletiva de imprensa, Zé Cocá, prefeito do município, criticou a postura da artista no São João da cidade. Segundo ele, Ana teria se recusado a atender crianças no camarim e ainda teria feito exigências consideradas excessivas, como a proibição do uso de celulares no local. “Vi menino chorando pedindo para tirar foto, e ela não abriu”, disse o gestor, alegando frustração por parte dos pequenos fãs.
“Eu vou ter que fazer uma nota de repudio, pra mim a cantora Ana Castella foi muito mal educada aqui na nossa cidade. Ela atendeu a criançada muito mal. Para ela tirar foto com dez crianças foi uma confusão (…) foi o único dia que eu sai antes do término, no meio do show dela eu me retirei”, pontuou o prefeito.
A cantora, até agora, não comentou diretamente as críticas. Em suas redes sociais, se limitou a agradecer o carinho do público de Jequié, sem citar o episódio.
Essa não é a primeira vez que Ana Castela é alvo de controvérsias relacionadas ao público infantil. Em um show realizado em São José dos Campos (SP), ela pediu que pais retirassem as crianças dos ombros, alegando que estavam atrapalhando a visão de quem estava atrás. O vídeo da situação viralizou nas redes sociais, gerando debate: de um lado, quem entendeu o pedido como necessário para garantir a boa experiência de todos; de outro, quem viu ali uma espécie de recado indireto de que o show não seria “para crianças”.
Apesar disso, é inegável que Ana Castela é uma das queridinhas da garotada. Suas músicas, sua estética country-pop, o carisma e o jeito brincalhão que mantém nas redes sociais, especialmente no TikTok, onde seus vídeos alcançam milhões de visualizações, ajudam a explicar essa conexão. Ana, inclusive, já afirmou que continua sendo “um pouquinho criança”, o que talvez explique a identificação imediata do público mais jovem.
Mesmo com as críticas e as cobranças sobre seu posicionamento, a artista segue em alta entre os pequenos. Mas os episódios recentes levantam uma outra questão: quais são os limites entre a artista e a pessoa por trás do palco? Até onde vai a obrigação de atender fãs, especialmente os mais jovens, e o que é escolha pessoal? Nessa linha tênue entre o sucesso e a cobrança, a boiadeira segue viralizando, colecionando visualizações e, claro, provocando debates.