O deputado federal Sargento Isidório se manifestou sobre a presença de Romário dos Santos Pereira, conhecido como Bobô, na Fundação Doutor Jesus, após o suspeito ser apontado como um dos responsáveis pela morte do guarda civil municipal Jorge Santos Viana, de 41 anos. O crime aconteceu em Catu de Abrantes, na Região Metropolitana de Salvador.
Em entrevista à Rádio Sociedade da Bahia, Isidório defendeu o trabalho da instituição, que tem como foco a recuperação de dependentes químicos, negou qualquer tentativa de acobertar criminosos, e falou sobre os critérios para entrada na instituição. “Aqui eles não estão pedindo emprego, nem estão sendo promovidos a graduação de policial, nem a cargo do povo, eles estão vindo sair das drogas”, afirmou.
O parlamentar reforçou que o trabalho realizado na Fundação é de acolhimento e espiritualidade, não sendo um abrigo para foragidos. “Aqui chegou, entra. Eu não sou aqui capitão, eu sou pastor. Quando você vem aqui querendo vai ver com quem tiver, meus filhos, meus netos, todos nós trabalhamos aqui dentro. Então o nosso trabalho aqui é pastoral para receber.”
Isidório disse ainda que mantém diálogo com as forças de segurança e não interfere no trabalho da Justiça: “Para você ter ideia, é aqui toda hora, volta e meia, chega meus colegas da Polícia Civil ou Militar para vir buscar alguém que teria cometido crime. Aqui a gente trabalha antenado com a Justiça, com o Ministério Público.”
“Aqui a gente não esconde bandido, vagabundo, ninguém, porque aqui quando entra, pode ter feito lá o que for, é com a Justiça, é com o Ministério Público, é com a polícia, a gente aqui não vira delegacia.”
Ele explicou que os internos passam por um processo de ressocialização e só são liberados temporariamente após seis meses de tratamento: “O interno só sai com 6 meses para passar uma semana na família, para saber como é que ele está. Então, aqui a gente faz um trabalho de ressocialização que devia ser inclusive nos presídios brasileiros.”
O Deputado também comentou que não estava na Fundação no momento da prisão de Bobô e que foi avisado por um de seus filhos.