O prefeito de Cairu, Hildécio Meireles (União Brasil), explicou que o recente reajuste da Tarifa por Uso do Patrimônio do Arquipélago (TUPA) em Morro de São Paulo é usado para custear o transbordo e a destinação dos resíduos sólidos [lixo] da região. Essa fala foi durante entrevista ao programa Conexão Sociedade nesta terça-feira (30). Segundo o gestor, o arquipélago produz cerca de 30 toneladas de lixo por dia, e a utilização dos recursos da tarifa atende a direcionamentos do Ministério Público Estadual e da Justiça para organizar o descarte correto desses resíduos.
A TUPA, que é cobrada de turistas que visitam Morro de São Paulo, teve seu valor elevado de R$ 50 para R$ 70. De acordo com as fontes, o novo valor entrou em vigor a partir de 20 de dezembro, após aprovação pela Câmara Municipal. A tarifa em Morro de São Paulo subirá novamente para R$ 90 em 1º de julho de 2026.
Um ponto central da nova estratégia de gestão, mencionado pelo prefeito é que a arrecadação da TUPA passará a compensar a suspensão da Tarifa de Manejo de Resíduos Sólidos (TMRS), a popular “Taxa do Lixo”. Meireles destacou que, embora a tarifa tenha sido instituída em 2019, ela carecia de um objetivo claro até 2022, momento em que a gestão decidiu vinculá-la diretamente às questões ambientais e ao alto custo da operação logística de retirada de lixo das ilhas.
“Essa tarifa foi instituída a partir de 2019 ainda pelo gestor anterior. E até 2022 essa tarifa não tinha um objeto, ela não era objetiva. E nós, naquele momento, já por vários pedidos, sugestões ou direcionamentos do Ministério Público Estadual e até da justiça, tínhamos que dar um jeito no destino do lixo, no destino dos resíduos sólidos que são produzidos em todo o arquipélago. Para você ter uma ideia, são cerca de 30 toneladas de lixo que nós retiramos de todo o arquipélago de Cairu por dia. E aí, então, para que a gente pudesse fazer isso, nós aproveitamos essa tarifa, que diz respeito às questões ambientais fundamentalmente, e aproveitamos para que ela fosse o recurso que fizesse face a essas despesas”, disse.
Foto: Divulgação / ASCOM / CAIRU-BA