Maior produtora de mamona do Brasil, a Bahia deu um passo importante para fortalecer essa cultura no semiárido, com foco na agricultura familiar e na produção sustentável. Uma reunião virtual reuniu representantes do setor público e produtivo para discutir assistência técnica e fornecimento de sementes.
O secretário estadual da Agricultura, Pablo Barroso, destacou a necessidade de estruturar permanentemente a cadeia produtiva, alinhando-a a programas como a transição energética e a Lei de Combustíveis do Futuro, que incentivam o uso de biocombustíveis no país.
Um dos principais desafios é o uso de sementes caseiras, o que reduz o potencial produtivo. A estimativa é de que sejam necessárias 500 toneladas de sementes para atender cerca de 65 mil famílias. Entre as soluções, está a adoção da cultivar BRS Energia, desenvolvida pela Embrapa e adaptada ao clima do semiárido.
A reunião contou com a participação de órgãos como Seagri, SDR, Embrapa, Codevasf, Bahiater, sindicatos e consórcios da região de Irecê. A mamona, tradicional na agricultura baiana, gera óleo de rícino, base para biocombustíveis, cosméticos, lubrificantes e medicamentos, e representa uma importante fonte de renda para pequenos produtores.