A Bahia chegou, em 2024, ao menor número de nascimentos já registrado desde o início da série histórica do Registro Civil, em 1974. Pelo sexto ano seguido, o estado apresentou retração nos registros, com 159.337 bebês nascidos ao longo do ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado reforça uma tendência contínua de queda na natalidade baiana.
Em relação a 2023, quando foram contabilizados 170.532 nascimentos, o recuo foi de 11.195 registros, o equivalente a uma diminuição de 6,6%. O movimento acompanha o cenário nacional: em todo o país, foram registrados 2.370.945 nascimentos em 2024, número 5,8% inferior ao do ano anterior, com redução de 147.094 ocorrências.
No comparativo entre os estados, a Bahia aparece com a quarta maior queda absoluta no número de nascimentos, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Já no recorte proporcional, ocupa a oitava posição entre as maiores reduções do país. Estados como Acre, Rondônia e Piauí lideraram as quedas percentuais, todas acima de 8%.
A capital Salvador também seguiu a tendência de retração e registrou o sétimo ano consecutivo de queda. Em 2024, foram contabilizados 23.361 nascimentos, 9,2% a menos do que no ano anterior, o menor volume da série histórica do município. O recuo se repetiu no interior do estado: quase 70% dos municípios baianos tiveram redução nos registros, com destaque para Feira de Santana, Vitória da Conquista e Lauro de Freitas, que concentraram as maiores quedas em números absolutos.