O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (8), que os julgamentos conduzidos pela Corte se baseiam em provas e não em disputas políticas ou ideológicas. A declaração ocorre após manifestações de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que acusaram o Supremo de instaurar uma “ditadura de toga” durante o julgamento da trama golpista. Barroso destacou que só se pronunciará oficialmente sobre o caso após a conclusão dos autos, reforçando que “processo penal é prova, não disputa política ou ideológica”.
O ministro também rebateu comparações feitas entre o julgamento e a ditadura militar, lembrando que, durante o regime, não havia devido processo legal nem transparência. “Hoje, tudo tem sido feito à luz do dia, acompanhado pela imprensa e pela sociedade”, disse. O julgamento de Bolsonaro e outros sete aliados está em andamento na Primeira Turma do STF. A votação começa nesta terça-feira (9), e pode levar à condenação dos réus a penas que ultrapassam 30 anos de prisão.