A vitória do Flamengo por 1 a 0 sobre o Bahia, no último sábado (10), ficou marcada por lances polêmicos que exigiram múltiplas intervenções do árbitro de vídeo (VAR). Além da expulsão do volante Gerson, da equipe carioca, dois lances envolvendo o zagueiro argentino Ramos Mingo também chamaram a atenção: um possível pênalti e uma entrada dura que resultou em cartão amarelo.
LEIA MAIS:
Com time misto, Bahia perde para o Flamengo no Maracanã
Toque de mão interpretativo
Minutos após a expulsão de Gerson, o Flamengo pressionava no ataque quando um chute na trave gerou confusão na pequena área do Bahia. Durante o bate-rebate, a bola tocou no braço de Ramos Mingo, que estava caído no gramado. O árbitro Anderson Daronco (RS) não percebeu o lance, mas o VAR, comandado por Rafael Traci (RS), detectou o contato e recomendou a revisão.
“Daronco, enquanto o jogador está caído, ele tem um movimento de braço e bate na bola com essa mão. Porém, ela é interpretativa. Então, recomendo que você venha dar uma olhada e interpretar”, explicou Traci.
Daronco foi ao monitor, mas manteve a decisão de campo, considerando o toque como involuntário. “Para mim, é uma jogada normal”, afirmou o árbitro.
Entrada dura e cartão mantido
Na sequência da partida, Ramos Mingo protagonizou mais um lance polêmico. Em disputa de bola no campo ofensivo do Bahia, o zagueiro pisou no pé do rubro-negro Wallace Yan. Daronco marcou a falta e aplicou cartão amarelo, gerando protestos dos jogadores do Flamengo, que pediam a expulsão.
O VAR revisou rapidamente a jogada e concluiu que Mingo toca primeiro na bola e que o contato posterior foi pé com pé, sem atingir o tornozelo adversário. A avaliação foi de que a entrada foi temerária, mas sem força excessiva ou malícia.
“O jogador toca na bola, o de branco, e na sequência tem um pé com pé. Os dois se lançam. Para mim, pode seguir. Tudo checado. Entrada temerária”, afirmou Traci, validando a decisão de campo.