O Brasil registrou uma taxa de desemprego de 5,8% no segundo trimestre de 2025, a menor desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo IBGE. A taxa representa uma queda expressiva em relação aos 7% do primeiro trimestre deste ano e aos 6,9% registrados no mesmo período de 2024. Segundo o instituto, o país agora soma 102,3 milhões de pessoas ocupadas e 6,3 milhões de desocupadas, o que representa uma redução de 17,4% no número de pessoas em busca de trabalho.
Além da queda no desemprego, o levantamento revela avanço significativo no mercado de trabalho formal. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado chegou a 39 milhões o maior já registrado. O trabalho informal ainda é expressivo, mas caiu para 37,8% da população ocupada, o menor índice desde o segundo trimestre de 2020. A população considerada desalentada pessoas que desistiram de procurar emprego recuou para 2,8 milhões, o menor patamar desde 2016.
O aquecimento do mercado se refletiu também na renda. O rendimento médio real mensal subiu para R$ 3.477, o maior já registrado pelo IBGE, com crescimento de 1,1% em relação ao trimestre anterior e de 3,3% em comparação ao mesmo período do ano passado. Com mais pessoas trabalhando e ganhando melhor, a massa de rendimentos da população ocupada atingiu R$ 351,2 bilhões, também um recorde, representando um aumento de 5,9% frente ao segundo trimestre de 2024. A pesquisa atual já considera ponderações atualizadas com base nos dados do Censo Demográfico de 2022.