A análise da nova Lei do Impeachment foi empurrada para o próximo ano depois que os senadores da CCJ decidiram adiar a votação. O relator Weverton Rocha explicou que quer ampliar as conversas antes de finalizar o parecer e destacou que a proposta não deve ser tratada como reação imediata às decisões recentes do Supremo. O tema ganhou destaque após a polêmica criada pela decisão de Gilmar Mendes que limitou ao procurador-geral da República a possibilidade de apresentar denúncias contra ministros do STF, o que provocou forte incômodo no Senado.
A iniciativa de deixar o debate para depois do recesso partiu do próprio autor do projeto Rodrigo Pacheco e foi apoiada inclusive por parlamentares da oposição que não querem que a votação soe como retaliação. O texto revisa as regras de crimes de responsabilidade e estabelece como podem ser abertos processos contra autoridades como presidente ministros governadores e membros do STF. Weverton Rocha ainda está ajustando o conteúdo e enviou uma versão preliminar para que os colegas contribuam antes da entrega final do parecer.