A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro gerou forte reação do presidente estadual do PL na Bahia, João Roma, durante entrevista ao Balanço Geral na apresentação de Rogério Alves e John Assis . Roma classificou a decisão do Supremo Tribunal Federal como um ato de “vingança” e afirmou que o processo não se assemelha a um rito judicial, mas a uma perseguição política. Ele criticou as justificativas que embasaram a prisão entre elas, a convocação de uma vigília feita por aliados e disse considerar “inconcebível” que um momento de oração seja tratado como ameaça ou tentativa de fuga.
O dirigente do PL baiano também apontou que a medida reforça um cenário de instabilidade jurídica no país. Segundo Roma, Bolsonaro tem sido alvo de “tortura psicológica” e de ações que, na visão dele, desrespeitam a Constituição e criam precedentes perigosos. Ele comparou o tratamento dado ao ex-presidente com o de outros investigados que, segundo afirma, receberam benefícios e permissões para disputar eleições. Para Roma, a postura do Judiciário, especialmente do ministro Alexandre de Moraes, contribui para dividir o país e alimentar um clima de polarização.
Durante a entrevista, o ex-ministro ainda mencionou o estado de saúde de Bolsonaro, alegando que o ex-presidente enfrenta dificuldades físicas decorrentes de cirurgias e do atentado a faca de 2018. Roma afirmou que o Brasil vive um momento “triste” e que decisões judiciais recentes têm sido interpretadas como tentativas de “humilhação” e “supressão de direitos”. Ele também comentou sobre os entraves no projeto de anistia em tramitação no Congresso, destacando que, mesmo que aprovado, enfrenta resistência e possíveis bloqueios no Supremo Tribunal Federal.