Um novo estudo realizado com 50 mil pacientes revelou uma relação significativa entre casos de dengue e o aumento do risco de depressão. Conduzido por pesquisadores da Universidade Nacional Cheng Kung e dos Institutos Nacionais de Pesquisa em Saúde de Taiwan, o estudo aponta que o risco de depressão aumenta tanto no curto prazo (menos de três meses após a infecção) quanto no longo prazo (mais de 12 meses após a doença). Os resultados foram publicados nesta quarta-feira (3).
A pesquisa analisou dados de 45.334 pessoas diagnosticadas com dengue e comparou-os com 226.670 indivíduos que não tiveram a doença, no período de 2002 a 2015. A incidência de depressão, ansiedade e problemas relacionados ao sono foi avaliada entre os dois grupos.
Os resultados indicam que, em menos de três meses após a infecção por dengue, o risco de depressão é 90% maior. Entre 3 a 12 meses, o risco de depressão permanece elevado em 68%. Mesmo após 12 meses, o risco continua 14% superior em comparação às pessoas que não contraíram dengue.
Este estudo destaca a importância de considerar os efeitos a longo prazo da dengue na saúde mental e sugere a necessidade de acompanhamento psicológico para os pacientes que contraíram a doença.