Após demissão de mais de 15 funcionários no dia 23 de julho, ex-funcionários da loja de roupas Zinzane informam que não receberam verbas rescisórias, e a empresa rebate falando que entraram em recuperação judicial e não arcariam com os custos das pessoas demitidas.

Marineide Almeida, uma das ex-funcionárias explicou a situação desses trabalhadores: “A situação que está acontecendo com a gente hoje é de humilhação e falta de respeito para com todos nós. No dia 23 fomos desligados da loja, recebemos um comunicado que seríamos desligados, mas que as verbas rescisórias iriam pagar dentro de 10 dias, às 14 horas em loja. No dia que chegou o horário, eu entrei em contato com a loja para saber qual horário que a gente poderia comparecer em loja. Eu recebi a mensagem pelo WhatsApp que a supervisora pediu que a gente entrasse em contato com a RH Desligamento, que eles iriam tratar diretamente com a gente. De imediato mandei e-mail, passei para todas as colaboradoras que estavam trabalhando comigo. Aí eu tive a resposta de que a empresa, infelizmente, não tinha como pagar porque entrou em recuperação judicial, a empresa estava buscando resolver a saúde financeiramente para que depois entrasse em contato e pagasse as verbas que a gente teria direito.”
Eles fizeram um protesto na segunda-feira (04), no Shopping da Bahia, em frente uma das unidades da Zinzane, e por conta de tanta repercussão, a empresa dificultou até mesmo as guias da homologação para o seguro-desemprego, só entregaram após a pressão imposta pelos ex-funcionários.
Segundo Marineide até funcionários ativos sofreram retaliação da empresa: “Teve uma pessoa que só porque aderiu a nossa causa, funcionário que ainda está na empresa, só contribuiu repostando um post que a gente fez e ontem ela foi informada que ela seria desligada por justa causa porque estava contribuindo, repostando conteúdo calunioso, quando não é conteúdo calunioso, a gente tá botando a nossa cara nas rádios, na sociedade, nos humilhando, postando, porque é um direito nosso, a Zizane pode demitir quem ela quiser, a gente não tá brigando pra ficar na empresa, a gente só quer que a Zizane pague pra gente o que é de direito, é o nosso trabalho”