Em entrevista ao programa Sociedade Urgente desta sexta-feira (22), o presidente do Esporte Clube Vitória, Fábio Mota, revelou detalhes da estrutura interna do clube e os altos investimentos necessários para manter o Rubro-Negro baiano em pleno funcionamento. Segundo ele, o Vitória atualmente gasta cerca de R$ 27 milhões por mês apenas para equilibrar as contas operacionais.
“A profissionalização no futebol hoje não é mais uma escolha, é uma necessidade. Sem isso, você não consegue competir”, afirmou Fábio, antes de listar a estrutura de pessoal mantida pelo clube. Entre os profissionais com vínculo direto estão 10 médicos, 1 cardiologista, 4 psicólogos, 2 fisiologistas, 10 fisioterapeutas e 4 nutricionistas. “Poucas cidades do interior têm 10 médicos. O Vitória tem isso só no clube”, ressaltou.
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Além da equipe técnica, o presidente destacou os avanços na infraestrutura física do clube. Ao assumir a presidência, o Vitória contava com apenas seis campos de futebol em condições precárias. “Reformei os seis e construí mais seis. Hoje temos 12 campos em uso, três para o profissional, um para o futebol feminino e o restante para as categorias de base”, explicou.
O cuidado com a qualidade dos gramados também é levado a sério. O clube mantém contrato com uma empresa especializada, que recebe R$ 50 mil por mês para cuidar dos campos principais. Os demais campos são mantidos por funcionários próprios e equipamentos adquiridos pelo Vitória, com supervisão agronômica.
Fábio também enfatizou o impacto social do clube. Atualmente, 189 jovens moram no centro de formação, vindos de diferentes partes do Brasil e até de outros países. “Somados aos demais atletas das categorias de base, são cerca de 600 jovens vinculados ao clube. Eles recebem cinco refeições por dia“, detalhou.
Com todos esses compromissos, profissionais, operacionais e sociais, o presidente deixou claro o desafio: “Hoje, o Vitória precisa de R$ 27 milhões por mês para empatar as contas. O futebol mudou muito e ficou muito caro”, concluiu.