Podem ser seis horas de viagem ou até 18, de um município vizinho da capital baiana ou até de outro estado. Mas, o fato é que os pais dos atletas da Copa 2 de Julho de Futebol Sub-15 topam qualquer distância para ver seus filhos. A expectativa dos familiares é que os filhos sigam longe na competição e que a hora pra voltar para casa demore.
Vindo de Minas Gerais, Danilo Dias, pintor e pai do atleta Miguel Barros do sub-15 do Atlético Mineiro, diz que costuma acompanhar seu filho nas competições sempre que possível. Para Danilo, esse suporte da família – além do pai, a mãe, irmão e irmã também vieram pra Bahia – é positivo para o rendimento do filho em jogo.
“A gente sabe que nos campeonatos fora os meninos contam muito com a ajuda dos familiares. Isso ajuda dentro e fora de campo. Deixa-os mais confiantes. Por isso, sempre que temos oportunidade procuramos acompanhar ele assim de perto”, comenta.
Interior da Bahia – Não é só gente de fora da Bahia que veio acompanhar seus filhos na competição. A professora Karina Silva, do município de Santo Antônio de Jesus, veio acompanhar seu sobrinho João, que é lateral esquerdo do Dom Macedo na Copa 2 de Julho. São apenas duas horinhas de viagem da cidade baiana para Salvador e a família fez esse translado numa van, com a avó, mãe, pai, tia e outros familiares do jovem.
Torcedora da Seleção Brasileira e do Vitória, é com seu sobrinho em campo, que Karina tem mais emoções. “Fico mais nervosa quando meu sobrinho está jogando. Na verdade, como tia, fico muito feliz, né? Porque é uma emoção. Para ele é uma felicidade porque ele se realiza no campo. E a gente também, fora do campo, a gente também se realiza, porque vê ele feliz. Coração transborda de alegria”, comenta. A alegria é tanta que Karina se exalta enquanto torce.
Torcida de Itabuna – O time de Itabuna é um dos clubes da Bahia com torcida presente na Copa 2 de Julho. O administrador de empresas, Djavan Batista, fez uma viagem de mais ou menos seis horas para acompanhar seu filho na disputa. O alvo de tanta torcida é o ponta direita, camisa 11, Antônio Alexandre. “Ver ele jogar me emociona e me engrandece também, sabe? Sou fã do meu filho e adoro ver ele jogar”, diz.
Mesmo com tanto sentimento envolvido, Djavan não exime Antônio de críticas e é o tipo de torcedor que se exalta, reclama, crítica, mas tudo com carinho, com intenção de trazer melhora. “Grito, desabafo, cobro muito, tudo dentro das limitações e com carinho. Grito da torcida ‘não é assim’, ‘por que fez isso?’ e mais”, fala. Isso tudo acontece, porque o pai diz ficar com o coração apertado ao ver o filho em campo.
O município da Bahia também trouxe outros torcedores que não estão diretamente relacionados aos jogadores que estarão em campo, mas que vieram para a Copa 2 de Julho apoiar o clube. O gerente de vendas, Ricardo Oliveira, veio com um comboio de toda família para acompanhar o clube do município no qual seu filho já jogou. “É uma experiência maravilhosa”, ressalta. Apesar de flamenguista, Ricardo diz que hoje seu coração é do time de Itabuna por conta de seu filho.
A Copa 2 de Julho segue com a última rodada da fase de grupos neste domingo, 06. A fase mata-mata inicia na terça-feira, 08, com as oitavas de final e segue com as quartas, semis e final, respectivamente, na quarta-feira, 09, na sexta-feira, 11, e no domingo, 13. O maior torneio sub-15 do país conta com 280 equipes na sua 15ª edição, com o histórico de revelação de grande talentos e a organização do Governo do Estado, pr meio da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), autarquia da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre).