Durante entrevista ao programa Sociedade Urgente nesta segunda-feira (25), o diretor de Iluminação Pública de Salvador, Ângelo Magalhães, revelou dados alarmantes sobre os furtos de cabos elétricos na capital baiana. Apenas no primeiro semestre de 2025, o número de ocorrências aumentou mais de 43% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando prejuízos que já ultrapassam R$ 1,6 milhão, incluindo perdas de cabos, conectores e luminárias.
“Estamos passando por um momento muito delicado”, lamentou Ângelo, destacando que avenidas inteiras têm ficado às escuras por conta das ações criminosas. “É uma briga difícil de se ganhar, mas mantemos Salvador acesa”, reforçou o diretor, lembrando que a capital baiana conta com cerca de 220 mil pontos de luz.
O avanço dos crimes também reacendeu a discussão sobre a responsabilização dos receptadores, aqueles que compram e revendem o material furtado. Segundo o diretor, a recente lei aprovada pelo Senado Federal, que aumenta para até 16 anos a pena para quem recepta esse tipo de material, representa uma esperança. “O problema maior está em quem recebe. São eles que atrapalham nosso dia a dia com esses furtos”, afirmou.
Na tentativa de conter o problema, a Diretoria de Iluminação Pública tem reforçado parcerias com outros órgãos municipais. Ângelo destacou a atuação da Guarda Civil Municipal, sob o comando do coronel Esturaro, e também das secretarias da SEDUR, SEMOP e demais diretorias. Ele afirmou que a ordem do prefeito Bruno Reis e da vice-prefeita Ana Paula Matos é clara: “Vamos para a ponta para combater esse mal que tanto prejudica nossa cidade”.
Além disso, há articulações com a Secretaria de Segurança Pública para retomar a Operação Metales, focada em desarticular a cadeia criminosa que envolve os furtos e a receptação de cabos e outros materiais metálicos.
“Nos resta acreditar e continuar trabalhando. Não vamos desistir”, finalizou o diretor.