Os médicos que atuam nos hospitais Roberto Santos, HGE, Iperba, maternidade Tsylla Balbino e Albert Sabin entraram em greve nesta quinta-feira (31). A paralisação foi anunciada pelo Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed) em protesto contra a proposta de mudança no regime de contratação dos profissionais. Com a paralisação, apenas os casos de urgência e emergência serão atendidos. Consultas, exames e cirurgias eletivas estão suspensas.
A Rádio Sociedade da Bahia conversou com a presidente do Sindimed, doutora Rita Virgínia, que diz que até a noite de quarta-feira (30), não houve avanço nas negociações com o governo estadual, e que a Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) pretende substituir o regime celetista (CLT) pela contratação via pessoa jurídica (PJ), o que, segundo a categoria, representa um retrocesso.
A presidente do sindicato defendeu que o contrato celetista garante mais segurança jurídica aos médicos e questionou a resistência do governo em manter esse modelo, já que a remuneração seria a mesma. Ela também apontou atrasos nos pagamentos por parte das empresas terceirizadas e da própria Sesab, que, segundo ela, chegam a até três meses.
Em nota, a Sesab repudiou o teor do comunicado divulgado pelo sindicato e afirmou que a paralisação é uma tentativa de tumultuar e desinformar a população. A secretaria garantiu que não haverá interrupção ou descontinuidade dos serviços de saúde.