O presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu em defesa da Venezuela e de Cuba, em meio à crescente pressão internacional sobre os governos de Nicolas Maduro e da ilha caribenha. Em evento do PCdoB em Brasília, Lula afirmou que “o Brasil nunca será a Venezuela, e a Venezuela nunca será o Brasil” e ressaltou que o destino dos venezuelanos deve ser decidido pelo próprio povo, sem interferência de líderes estrangeiros. O chefe do Executivo brasileiro também criticou a manutenção de Cuba na lista de países que patrocinam o terrorismo, defendendo a imagem da ilha como exemplo de dignidade e resistência diante de décadas de sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos.
Especialistas consultados destacam que o interesse norte-americano na Venezuela é sobretudo geopolítico, motivado pelas vastas reservas de petróleo do país, sem relação com o combate às drogas. Para analistas de política internacional, as recentes ações dos EUA representam um precedente perigoso, abrindo espaço para intervenções em outros países latino-americanos sempre que os interesses de Washington forem contrariados, evocando estratégias da Guerra Fria, quando ditaduras militares receberam apoio norte-americano na região.