O conselheiro federal da OAB, Marcelo Tostes, criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes após ele solicitar informações à Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a operação policial que deixou 119 mortos no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro. O pedido foi feito no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) das Favelas, que estabelece regras para ações policiais em comunidades e visa garantir a proteção dos direitos humanos.
Segundo Tostes, Moraes estaria extrapolando suas funções ao requerer explicações sobre a operação. “Ele não se contenta em ser apenas um ministro julgador. Quer tomar conta de tudo”, afirmou. A ADPF das Favelas passou a ser conduzida por Moraes após a aposentadoria de Roberto Barroso. O ministro pediu que a PGR se manifeste sobre um pedido de esclarecimentos feito pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) ao governador do Rio, Claudio Castro (PL), sobre a operação que envolveu mais de 2,5 mil agentes e resultou em 64 mortes, entre elas, as de dois policiais civis e dois militares.
