Na última sexta-feira (26), o Ministério da Saúde anunciou a inclusão de dois novos medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento da doença falciforme. A partir de agora, a alfaepoetina e a hidroxiureia estarão disponíveis para pacientes diagnosticados com essa enfermidade genética, que afeta principalmente pessoas negras, especialmente mulheres.
A alfaepoetina será utilizada para pacientes com declínio da função renal e agravamento da anemia. A hidroxiureia estará disponível nas apresentações de 100 mg para pacientes a partir de 9 meses de idade e de 500 mg para aqueles entre 9 e 24 meses que não apresentam sintomas ou complicações.
A previsão é que os medicamentos estejam acessíveis no SUS em até 180 dias. A doença falciforme é a condição genética mais prevalente no Brasil e no mundo, com alta taxa de diagnóstico e mortalidade entre pessoas pardas e negras.
Carlos Gadelha, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Ministério da Saúde, destacou a importância dessa medida, especialmente em uma semana que celebra o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. “Este é um marco significativo no tratamento da anemia falciforme, uma condição que afeta cerca de 80% da população negra, com 52% dos casos em mulheres”, afirmou.