O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que peritos da Polícia Federal realizem, em até 15 dias, um laudo médico completo sobre o estado de saúde do general Augusto Heleno, condenado a 21 anos de prisão por participação na trama golpista de 2022. A decisão ocorre diante de informações contraditórias sobre o diagnóstico de demência mista — Alzheimer e comprometimento vascular. Enquanto Heleno afirmou ao Exército que sofre da doença desde 2018, a defesa alega que o diagnóstico só foi confirmado em janeiro de 2025.
Moraes apontou a ausência de documentos que comprovem sintomas entre 2018 e 2023, período em que Heleno exerceu funções estratégicas no governo, incluindo o comando do GSI. A nova avaliação deverá incluir exames clínicos, laboratoriais e de imagem para verificar a real condição do general, cuja defesa tenta obter prisão domiciliar humanitária. A PGR já se manifestou favorável ao pedido, citando a idade avançada do militar e os problemas de saúde apresentados.