No primeiro trimestre de 2025, o Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia cresceu 3,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o quarto trimestre de 2024, o avanço foi de 0,9%, já com os ajustes sazonais aplicados. Os dados são da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
No total, o PIB do estado somou R$ 138,5 bilhões entre janeiro e março deste ano. Desse valor, R$ 122,2 bilhões vieram do Valor Adicionado (VA), que corresponde à produção direta dos setores econômicos, e R$ 16,3 bilhões foram provenientes de impostos arrecadados.
O desempenho positivo foi puxado principalmente pela agropecuária, que cresceu 9,7% e apresentou o maior avanço entre os grandes setores. A agricultura teve papel fundamental nesse resultado, com aumento na produção das principais culturas colhidas no período.
A indústria também teve um bom desempenho, com crescimento de 4,8%. Esse resultado foi impulsionado especialmente pelas indústrias de Transformação, que subiram 5,9%, e pela Construção Civil, com alta de 6,8%. Já as atividades de produção e distribuição de eletricidade, água e esgoto se mantiveram estáveis, e o setor extrativo mineral teve leve queda de 0,7%, reflexo da redução na produção de petróleo e gás natural.
Os serviços, setor que representa a maior fatia da economia baiana, cresceram 2,1% no trimestre. Entre os destaques, estão as atividades imobiliárias (+2,3%), o setor de transportes (+1,5%) e a administração pública (+0,2%). O comércio registrou uma leve alta de 0,1%, enquanto o grupo “Outros Serviços” teve expansão de 4,9%.
Para o diretor de Estatística da SEI, Armando Castro, os números confirmam o bom momento da economia estadual. “Este resultado do PIB confirma o bom desempenho econômico da Bahia, que cresceu acima da média do Brasil. Já vínhamos acompanhando isso pelo aumento do emprego formal, mais de 40 mil novas vagas criadas no ano, pelo crescimento de 8,4% do turismo no trimestre e pelo superávit na balança comercial. Tudo isso mostra como a atração de investimentos e políticas voltadas para o consumo das famílias estão impulsionando a economia baiana”, destacou.