O preço da cesta básica apresentou queda em 22 capitais brasileiras em setembro, na comparação com agosto, segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada nesta quarta-feira (8) pelo Dieese e pela Conab. As reduções mais expressivas foram registradas em Fortaleza (-6,31%), Palmas (-5,91%), Rio Branco (-3,16%), São Luís (-3,15%) e Teresina (-2,63%). Apenas cinco capitais tiveram alta nos preços, com destaque para Campo Grande (1,55%).
Mesmo com a tendência de queda, São Paulo segue liderando o ranking das cestas mais caras, com R$ 842,26, seguida por Porto Alegre (R$ 811,44), Florianópolis (R$ 811,07) e Rio de Janeiro (R$ 799,22). Já os menores valores foram encontrados nas capitais do Norte e Nordeste, como Aracaju (R$ 552,65), Maceió (R$ 593,17), Salvador (R$ 601,74) e Natal (R$ 610,27).
Na comparação com setembro de 2024, o estudo mostra que todas as 17 capitais acompanhadas no período anterior tiveram alta de preços, com variações que vão de 3,87% em Belém a 15,06% em Recife. No acumulado de 2025, 12 capitais ainda registram alta e cinco, queda, com Recife (4,69%) e Porto Alegre (3,54%) entre as maiores elevações.
Com base no custo da cesta mais cara, o Dieese estimou que o salário mínimo ideal em setembro deveria ter sido de R$ 7.075,83, o equivalente a 4,66 vezes o valor atual de R$ 1.518. Entre os produtos, o tomate e o arroz agulhinha tiveram as maiores quedas de preço, com reduções em praticamente todas as capitais pesquisadas.