O número de afogamentos em Salvador subiu em 2025, atingindo principalmente praias muito frequentadas e locais de água corrente. Entre janeiro e setembro, 111 pessoas foram resgatadas com vida pelo 13° Batalhão de Bombeiros Militar, superando os 106 registros do mesmo período do ano passado.
Apesar da queda nas ações preventivas, que passaram de 13.894 em 2024 para 4.063 neste ano, o Corpo de Bombeiros reforça a importância da vigilância e do cuidado ao se aventurar nas águas. A atenção redobrada é fundamental, sobretudo nas praias mais movimentadas.
Segundo Kailani Dantas, coordenador da Salvamar, a primavera e o verão trazem um aumento natural de turistas e moradores às praias, elevando o risco de afogamentos. “Só no último final de semana, registramos mais de 20 casos entre Jardim de Alah e Ipitanga”, afirmou. As praias mais críticas são Piatã, Stella Maris, Jaguaribe e Itapuã, com Piatã liderando devido ao intenso fluxo de banhistas.
O alerta também segue o contexto nacional: em 2023, o Brasil registrou 5.864 mortes por afogamento, sendo 513 apenas na Bahia. Homens são seis vezes mais vítimas que mulheres, e pardos e pretos representam 67% dos casos.