A partir de 1º de julho, usuários da profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV, com idades entre 15 e 45 anos, passaram a fazer parte do público-alvo para a vacinação contra o HPV no Brasil, conforme orientação do Ministério da Saúde.
A vacina recomendada é a quadrivalente (HPV4), que protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do vírus, sendo administrada em três doses: a segunda dose após dois meses e a terceira após quatro meses da segunda. Aqueles que já completaram o esquema de vacinação não precisam ser vacinados novamente, enquanto os com esquema incompleto devem completar as três doses.
Para ser vacinado, é necessário apresentar uma comprovação de uso da PrEP, como prescrição, formulário de prescrição do imunizante, cartão de seguimento ou o próprio medicamento em qualquer sala de vacinação da rede pública.
Anteriormente, a vacinação contra o HPV era destinada a crianças e adolescentes de 9 a 14 anos, indivíduos imunocomprometidos de 9 a 45 anos, e vítimas de violência sexual de 15 a 45 anos. A inclusão dos usuários de PrEP visa ampliar a prevenção de neoplasias relacionadas ao HPV, especialmente câncer anal, em populações desproporcionalmente afetadas.
A profilaxia pré-exposição ao HIV é uma estratégia preventiva que utiliza medicamentos antirretrovirais, oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2017. Indica-se a PrEP para pessoas a partir de 15 anos, com peso corporal igual ou superior a 35 kg, sexualmente ativas e em risco aumentado de infecção por HIV. Em março de 2024, cerca de 85 mil pessoas estavam em uso de PrEP no Brasil, majoritariamente gays e homens que fazem sexo com homens (HSH).
O HPV é uma infecção sexualmente transmissível associada a verrugas anogenitais e vários tipos de câncer. A vacinação é crucial para prevenir a infecção persistente e seus potenciais desdobramentos em câncer.