Por Caio Leony
O Bahia do confronto contra o América de Cali foi um convite ao prazer adversário. Ao buscar na memória, me vi questionando a última vez que o Tricolor tinha sido tão infértil ofensivamente. Pensei no jogo contra o Cruzeiro pelo Campeonato Brasileiro da Série A, pela 4° rodada. O resultado foi mais elástico, um 3 a 0 sonoro no Mineirão, mas recuei, ontem foi de fato a pior partida e vou explicar a minha visão a seguir.
Ontem, pelos playoffs da Copa Sulamericana, apesar de ter tomado dois gols e não três, a proporção em que teve a posse de bola foi 62% contra 38% do time colombiano, o proporcional a um jogo contemplativo, sem graça, improdutivo.
O time de Rogério Ceni finalizou 8 vezes, mas Jorge Soto, goleiro do América de Cali, não fez uma defesa. A partida tinha um caráter decisivo, se tivesse vencido, o esquadrão estaria nas oitavas de final do certame internacional, ingrediente irrecuperável, coisa que o jogo contra o Cruzeiro oportunizou.
O meio-campo, teve muito espaço para gerar situações de gol, no entanto, Jean Lucas, Caio Alexandre e Michel Araújo erraram muitos passes. O Bahia ao todo trocou 515 passes, porém, quem foi exigido foi Marcos Felipe, em três oportunidades. Que coisa, hein? Contra o Cruzeiro, o Bahia finalizou 7 vezes, uma a menos do que ontem, porém Cássio fez uma defesa.
Nesse emaranhado de show de horrores, contra os Mineiros o Bahia teve 61% contra 39% em relação ao time de Leonardo Jardim, com mais de 500 passes trocados novamente. Só a título de comparação, a Raposa marcou pressão sucessivas vezes, coisa que o Bahia não sofreu ontem e para terminar essa rápida análise, Mingo, Caio Alexandre, Pulga, Juba, Ademir e tantos outros não foram tão abaixo tecnicamente como na Colômbia. Bom, se você chegou até aqui, gratidão! Mas aqui pra a gente, se juntar as duas partidas, não dá uma.